Saúde urbana: o uso da sintaxe espacial para criação de modelos de espaços obesogênicos

Gustavo Henrique Campos de Faria
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
guscamfar@live.com

Renato César Ferreira de Souza Departamento de Projeto,
Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
rcesarfs@gmail.com

Reconhecendo a importante correlação entre ambientes alimentares, seus constituintes, suas dinâmicas e sua relação a obesogenicidade, este artigo investiga as abordagens configuracionais das teorias urbanas como ferramenta de apoio à pesquisa em saúde e espaço urbano. Utilizamos a teoria da Sintaxe Espacial e da ferramenta ‘Urban Network Analysis’ para o cálculo da centralidade por atração das edificações, recorrendo-se à um estudo de caso do Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Georreferenciamos todos os estabelecimentos onde se dá o armazenamento, venda e consumo de alimentos e empregamos os recursos do módulo de análise de redes do software Arcmap/ArcGIS. Resgatamos narrativas da área estudada, contrapondo-as aos resultados quando das discussões destes. Por fim, para compor um índice gravitacional das edificações mais preciso, conjecturamos em fazê-lo com inspiração na equação de Drake, a qual pretende calcular o número N de civilizações na Via Láctea, elaborando um algoritmo a partir dos desdobramentos das partes heterogêneas e multiplicados pelas probabilidades de interação do sistema alimentar. Como resultados concluímos a eficiência do ferramental para dimensionar a abrangência do problema estudado.