Clube Náutico Recreativo 2025

Professores

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VISÃO GERAL E PROPOSTA

A agricultura urbana tem muitas vantagens sobre o AGRO neoliberal. Pensando nisso, a então estudante Marina Palmito, em 2018,  propôs um projeto  de uma Agrovila que consolidava a junção territorial e a continuidade ambiental do bairro onde ela era moradora – o Villa Flora – em Sumaré, região metropolitana de Campinas, São Paulo.

 

O estudo das bacias hidrográficas da região possibilitou decidir sobre diversos aspectos importantes, desde o desenho das vias, definição de sistemas de  drenagem até a proposição de uma represa . Esse estudo, gerou um belo espelho d’água, para o qual é proposto, nesta disciplina, um Clube Náutico. A agricultura urbana é um conceito emergente que tem recebido cada vez mais atenção em todo o mundo. É uma forma de produção agrícola que ocorre em áreas urbanas, geralmente em pequena escala, e pode ser praticada em espaços como jardins, quintais, terrenos baldios, entre outros. A agricultura urbana tem muitas vantagens em relação à agricultura convencional, especialmente em áreas urbanas, onde o acesso à terra é limitado e a segurança alimentar é um desafio crescente.

 

Marina Palmito, estudante em 2018, propôs um projeto de uma Agrovila que combinava a continuidade ambiental e a junção territorial do bairro onde morava – o Villa Flora – em Sumaré, São Paulo. O projeto envolveu o estudo das bacias hidrográficas da região, que ajudou a determinar aspectos importantes, como o desenho das vias e sistemas de drenagem. Além disso, uma represa foi proposta, criando um espelho d’água que poderia ser utilizado para diversas finalidades, como um clube náutico.

 

A agricultura urbana oferece uma série de benefícios que a tornam atraente tanto para comunidades urbanas quanto para políticas públicas. Em primeiro lugar, a agricultura urbana pode contribuir para a segurança alimentar e nutricional, fornecendo uma fonte local de alimentos frescos e saudáveis. Além disso, a agricultura urbana pode ajudar a melhorar a qualidade ambiental das cidades, reduzindo a poluição do ar e da água, melhorando a qualidade do solo e aumentando a biodiversidade urbana. Por fim, a agricultura urbana também pode ser uma fonte de renda para os residentes urbanos, oferecendo oportunidades de emprego e empreendedorismo.

 

Em resumo, o projeto de Marina Palmito para uma Agrovila em Sumaré é um exemplo concreto do potencial da agricultura urbana para melhorar a qualidade de vida das comunidades urbanas. O estudo das bacias hidrográficas da região foi fundamental para a proposição de soluções integradas e sustentáveis, como a represa que poderia servir como um ponto de encontro comunitário. A agricultura urbana tem o potencial de trazer benefícios econômicos, ambientais e sociais para as cidades, tornando-se uma importante ferramenta para a construção de comunidades mais saudáveis e sustentáveis.

CONTEXTO

O município de Sumaré, SP, recebe dinheiro para construir uma Vila Agrícola ao lado da Villa Flora (ver mapa). O projeto urbano vencedor aloca um terreno para o projeto de um clube náutico recreativo, aproveitando a represa surgida pelo Projeto da Agrovila de Villa Flora. Um concurso de ideias é lançado para a concepção dos elementos mínimos para a compreensão da obra:

O clube é recreacional, não havendo competições de nenhuma ordem;

O clube não é um equipamento de grande porte. Ele pode atender um raio euclidiano de 1600 metros pelos passeios contendo 10 mil pessoas. Entretanto o atendimento pretendido simultânea, sazonal e esporadicamente, se muito, chega a 2 mil pessoas. Para se ter uma ideia, isso corresponde à área do mercado central de Belo Horizonte com muito movimento.

O projeto total, onde se insere o clube, tem:

 

77 HECTARES ÁREA TOTAL; 

140 MÉDIA DE PESSOAS POR HECTARE; 

9500 PESSOAS NOS 3 GRANDES EDIFÍCIOS; 

1 MONOTRILHO PARA POPULAÇÃO; 

VIAS TERRESTRES PARA LOGÍSTICA.

Não poderia faltar no conjunto de conceitos a sustentabilidade do projeto, significando que colabora para a diminuição de iniquidades sociais, propõe uma organização comercial sustentável e cuida em preservar a natureza para as gerações vindouras com práticas agrícolas menos ofensivas e uma composição social menos predatória.

Villa Flora 

é um bairro de Sumaré, Campinas, São Paulo, que foi planejado e a ele foi anexado por Marina – para fins de exercício – uma área desocupada na lateral (ver estudos aqui). Para entender a relação com o contexto  urbano, um primeiro estudo consolidou o conhecimento das características da morfologia urbana existente utilizando a sintaxe espacial e as diversas centralidades das edificações.

Veja este Vídeo:

Objetivos e Programa Sugerido

Após a disciplina, os estudantes deverão ser capazes de projetar um clube náutico de acordo com as características especificadas neste trabalho, apresentando-o em pdf A3 com todos os elementos gráficos para a perfeita compreensão do projeto. Poderá ser plotado ou desenhado a mão, com lápis, obedecendo as normas de desenho técnico, no formato 50×70 cm em papel adequado. Pelo menos uma perspectiva deve ser apresentada. A escala deverá ser discutida com o orientador, no sentido de possibilitar as visões gerais de espaços e equipamentos para as duas etapas do trabalho. Os estudos complementares (topografia, drenagem, estruturas, piscinas, piers, etc.) devem ser anexados, passados a limpo. Os trabalhos serão executados individualmente.

Os programas arquitetônicos podem tornar-se prejudiciais para o projeto de arquitetura se se constituem em uma mera lista de ítens. O estudante deverá analisar o material fornecido para elaborar um conceito para o projeto, justificando a composição de um programa, a partir da seguinte coleção de ítens:

  • Entrada e controle

  • Administração

  • Banheiros

  • Pequeno Restaurante  e bar/pier

  • Espaço para logística do bar

  • Espaço para visitantes

  • Limpeza

  • Casa de máquinas

  • Depósito c. m.

  • Vestiários / chuveiros / banheiros

  • Piscina

  • Pavilhão esportivo e de lazer

  • Depósito /entrega acesso

  • Primeiro socorros / ambulância

  • Baias para barcos tipo veleiro sloop, canoas e Stand-up paddle*

  • Arranjos de segurança para a navegação

O Terreno

O terreno está pré-modelado, com altimetria e georeferência, Ao lado o estudante pode baixar os arquivos e escolher o melhor para iniciar seus estudos.

Baixar  Terreno pré-modelado

O Regras de Ouro

 

O aluno é quem procura o professor.

A orientação não é agendada nem obrigatória. Os alunos podem ouvir as orientações dadas aos colegas.

Duas avaliações: intermediária (I, R, S) e final (1º, 2º e 3º lugar e menções honrosas)

O professor é uma pessoa. O aluno também. Trata-se de uma relação de pessoa para pessoa.

O aluno pode não querer fazer ou apresentar resultados marcados pelo professor. Deve discutir como fazer.

O professor deve ancorar seus conhecimentos nas oportunidades e nos “vagos” dos estudantes, dialogando com eles e exemplificando com pesquisas na internet.

O Briefing deve ser recomendado. O projeto é prospectivo e as tentativas de cópias são válidas.

A apresentação é mínima. Duas pranchas pdf A3 são o mínimo a serem apresentadas ao final, incluindo perspectivas.

SOFTWARE E HARDWARE SUGERIDOS

 

Desenho a mão com lápis.

Blender (gratuito)

Autodesk Infraworks (educacional)

Autocad Engenheiro (educacional)

CityEngine ESRI  (educacional )

TwinMotion (educacional)

Archicad (educacional)

Revit Autodesk (educacional)

Demora a carregar e não é mostrado em celulares normalmente.

 

Combinando tecnologia e pesquisa, nosso grupo oferece um suporte essencial para o desenvolvimento urbano sustentável, ajudando cidades a crescerem de forma planejada, eficiente e socialmente justa.Esses modelos não apenas representam o espaço urbano, mas também possibilitam a integração de diferentes camadas de informação, permitindo o cruzamento de dados entre setores públicos e privados.

Prefeituras, órgãos de planejamento urbano, empresas de tecnologia, construtoras e escritórios de arquitetura e urbanismo podem utilizar essas ferramentas para aprimorar seus projetos e estratégias, garantindo maior eficiência e impacto social. A modelagem auxilia na superação das contradições entre formas sociais e formas físicas, oferecendo suporte ao planejamento urbano sem a pretensão de ser um modelo determinista. O objetivo não é criar um “oráculo urbano“, mas sim fornecer subsídios para a tomada de decisão, compreendendo que, na efetivação dos planos e projetos, novas contradições surgirão e deverão ser enfrentadas com proposições dinâmicas e ajustáveis à realidade social.

A estruturação dessas soluções passa pela Tríplice Hélice da Inovação[1], um modelo teórico que propõe a colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação. Essa interação permite que o conhecimento acadêmico seja aplicado na prática, promovendo políticas públicas mais embasadas e soluções urbanísticas que atendam às demandas reais da sociedade. Permite também o desenvolvimento industrial orientado.

Para que esses modelos digitais sejam efetivamente adotados, é fundamental uma agenda política focada no bem estar social e um ambiente empresarial que compreenda o impacto dessas ferramentas sobre o público.

O planejamento urbano, quando pensado a partir de dados objetivos, deve priorizar a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento da coesão social, garantindo que grupos minoritários também sejam beneficiados. Ao integrar tecnologia, pesquisa acadêmica e políticas públicas, os modelos digitais do espaço urbano tornam-se ferramentas estratégicas para a construção de cidades mais equilibradas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro.

Referências: {1} O modelo de tripla hélice de inovação, conforme teorizado por Etzkowitz e Leydesdorff, é baseado nas interações entre os três seguintes elementos e seu ‘papel inicial’ associado: universidades engajadas na pesquisa básica, indústrias que produzem bens comerciais e governos que regulam os mercados. À medida que as interações aumentam nesse quadro, cada componente evolui para adotar algumas características da outra instituição, o que dá origem ao híbrido instituições. Existem interações bilaterais entre universidade, indústria e governo.