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Disciplina: Clube Náutico Recreativo
PRJ082
Professores:
Renato Cesar, Edilson Pereira, Rudner Lopes e Gustavo Faria
Carga horária: 60h – Segunda e Quinta de 9:30 a 12:50h
A agricultura urbana tem muitas vantagens sobre o AGRO neoliberal. Pensando nisso, a então estudante Marina Palmito, em 2018, propôs um projeto de uma Agrovila que consolidava a junção territorial e a continuidade ambiental do bairro onde ela era moradora – o Villa Flora – em Sumaré, região metropolitana de Campinas, São Paulo.
O estudo das bacias hidrográficas da região possibilitou decidir sobre diversos aspectos importantes, desde o desenho das vias, definição de sistemas de drenagem até a proposição de uma represa . Esse estudo, gerou um belo espelho d’água, para o qual é proposto, nesta disciplina, um Clube Náutico.
O município de Sumaré, SP, recebe dinheiro para construir uma Vila Agrícola ao lado da Villa Flora (ver mapa). O projeto urbano vencedor aloca um terreno para o projeto de um clube náutico recreativo, aproveitando a represa surgida pelo Projeto da Agrovila de Villa Flora. Um concurso de ideias é lançado para a concepção dos elementos mínimos para a compreensão da obra:
O clube é recreacional, não havendo competições de nenhuma ordem;
O clube não é um equipamento de grande porte. Ele pode atender um raio euclidiano de 1600 metros pelos passeios contendo 10 mil pessoas. Entretanto o atendimento pretendido simultânea, sazonal e esporadicamente, se muito, chega a 2 mil pessoas. Para se ter uma ideia, isso corresponde à área do mercado central de Belo Horizonte com muito movimento.
77 HECTARES ÁREA TOTAL;
140 MÉDIA DE PESSOAS POR HECTARE;
9500 PESSOAS NOS 3 GRANDES EDIFÍCIOS;
1 MONOTRILHO PARA POPULAÇÃO;
VIAS TERRESTRES PARA LOGÍSTICA.
Não poderia faltar no conjunto de conceitos a sustentabilidade do projeto, significando que colabora para a diminuição de iniquidades sociais, propõe uma organização comercial sustentável e cuida em preservar a natureza para as gerações vindouras com práticas agrícolas menos ofensivas e uma composição social menos predatória.
Villa Flora é um bairro de Sumaré, Campinas, São Paulo, que foi planejado e a ele foi anexado por Marina – para fins de exercício – uma área desocupada na lateral. Para entender a relação com o contexto urbano, um primeiro estudo consolidou o conhecimento das características da morfologia urbana existente utilizando a sintaxe espacial e as diversas centralidades das edificações.
Após a disciplina, os estudantes deverão ser capazes de projetar um clube náutico de acordo com as características especificadas neste trabalho, apresentando-o em pdf A3 com todos os elementos gráficos para a perfeita compreensão do projeto. Poderá ser plotado ou desenhado a mão, com lápis, obedecendo as normas de desenho técnico, no formato 50×70 cm em papel adequado. Pelo menos uma perspectiva deve ser apresentada. A escala deverá ser discutida com o orientador, no sentido de possibilitar as visões gerais de espaços e equipamentos para as duas etapas do trabalho. Os estudos complementares (topografia, drenagem, estruturas, piscinas, piers, etc.) devem ser anexados, passados a limpo. Os trabalhos serão executados individualmente.
Os programas arquitetônicos podem tornar-se prejudiciais para o projeto de arquitetura se se constituem em uma mera lista de ítens. O estudante deverá analisar o material fornecido para elaborar um conceito para o projeto, justificando a composição de um programa, a partir da seguinte coleção de ítens:
Entrada e controle
Adminisrtração
Banheiros
Pequeno Restaurante e bar/pier
Espaço para logística do bar
Espaço para visitantes
Limpeza
Casa de máquinas
Depósito c. m.
Vestiários / chuveiros / banheiros
Piscina
Casa de máquinas
Pavilhão esportivo e de lazer
Depósito /entrega acesso
Primeiro socorros / ambulância
Baias para barcos tipo veleiro sloop, canoas e Stand-up paddle*
Arranjos de segurança para a navegação
O terreno está pré-modelado, com altimetria e georreferência, Ao lado o estudante pode baizar os arquivos e escolher o melhor para iniciar seus estudos.
O aluno é quem procura o professor.
A orientação não é agendada nem obrigatória. Os alunos podem ouvir as orientações dadas aos colegas.
Duas avaliações: intermediária (I, R, S) e final (1º, 2º e 3º lugar e menções honrosas)
O professor é uma pessoa. O aluno também. Trata-se de uma relação de pessoa para pessoa.
O aluno pode não querer fazer ou apresentar resultados marcados pelo professor. Deve discutir como fazer.
O professor deve ancorar seus conhecimentos nas oportunidades e nos “vagos” dos estudantes, dialogando com eles e exemplificando com pesquisas na internet.
O Briefing deve ser recomendado. O projeto é prospectivo e as tentativas de cópias são válidas.
A apresentação é mínima. Duas pranchas pdf A3 são o mínimo a serem apresentadas ao final, incluindo perspectivas.
Software e Hardware sugeridos
Desenho a mão com lápis.
Autodesk Infraworks (educacional)
Autocad Autocad Engenheiro (educacional)
CityEngine ESRI (educacional )
TwinMotion (educacional)
Archicad (educacional)
Revit Autodesk (educacional
Combinando tecnologia e pesquisa, nosso grupo oferece um suporte essencial para o desenvolvimento urbano sustentável, ajudando cidades a crescerem de forma planejada, eficiente e socialmente justa.Esses modelos não apenas representam o espaço urbano, mas também possibilitam a integração de diferentes camadas de informação, permitindo o cruzamento de dados entre setores públicos e privados.
Prefeituras, órgãos de planejamento urbano, empresas de tecnologia, construtoras e escritórios de arquitetura e urbanismo podem utilizar essas ferramentas para aprimorar seus projetos e estratégias, garantindo maior eficiência e impacto social. A modelagem auxilia na superação das contradições entre formas sociais e formas físicas, oferecendo suporte ao planejamento urbano sem a pretensão de ser um modelo determinista. O objetivo não é criar um “oráculo urbano“, mas sim fornecer subsídios para a tomada de decisão, compreendendo que, na efetivação dos planos e projetos, novas contradições surgirão e deverão ser enfrentadas com proposições dinâmicas e ajustáveis à realidade social.
A estruturação dessas soluções passa pela Tríplice Hélice da Inovação[1], um modelo teórico que propõe a colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação. Essa interação permite que o conhecimento acadêmico seja aplicado na prática, promovendo políticas públicas mais embasadas e soluções urbanísticas que atendam às demandas reais da sociedade. Permite também o desenvolvimento industrial orientado.
Para que esses modelos digitais sejam efetivamente adotados, é fundamental uma agenda política focada no bem estar social e um ambiente empresarial que compreenda o impacto dessas ferramentas sobre o público.
O planejamento urbano, quando pensado a partir de dados objetivos, deve priorizar a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento da coesão social, garantindo que grupos minoritários também sejam beneficiados. Ao integrar tecnologia, pesquisa acadêmica e políticas públicas, os modelos digitais do espaço urbano tornam-se ferramentas estratégicas para a construção de cidades mais equilibradas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro.
Referências: {1} O modelo de tripla hélice de inovação, conforme teorizado por Etzkowitz e Leydesdorff, é baseado nas interações entre os três seguintes elementos e seu ‘papel inicial’ associado: universidades engajadas na pesquisa básica, indústrias que produzem bens comerciais e governos que regulam os mercados. À medida que as interações aumentam nesse quadro, cada componente evolui para adotar algumas características da outra instituição, o que dá origem ao híbrido instituições. Existem interações bilaterais entre universidade, indústria e governo.