As atividades de pesquisa constituem-se em agentes propulsores de renovação, de atualização do conhecimento e de capacitação profissional. Entrelaçam-se com o Ensino e a Extensão e contribuem para a consecução dos objetivos institucionais da Universidade Federal de Minas Gerais através da geração e transmissão de conhecimentos, formação de recursos humanos e de grupos de pesquisa e de estudos.
Ao lado mostram-se alguns assuntos de interesse do CA_AU.

Esta pesquisa desenvolve alguns recursos analíticos para os problemas e possibilidades decorrentes da incorporação da Tecnologia da Informação (TI) ao projeto de espaços arquitetônicos e públicos, especialmente nas fases iniciais do processo de projeto. Como implantar componentes de TI para afetar positivamente várias qualidades do lugar? O quadro teórico desenvolvido começa com uma análise dos lugares públicos, para depois proceder à identificação dos conflitos espaciais que prejudicam suas qualidades. Os componentes de tecnologias digitais são então espacialmente correlacionados ao espaço, revelando assim como podem ser potencialmente aplicados como parte de um sistema que combina TI com o espaço.

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O termo “Walkability” é traduzido aqui pela expressão “Mobilidade Ativa” (MA), retirado das disciplinas de Cineantropometria e Desempenho Humano, da Educação Física. Muito embora as pesquisas sobre MA busquem a transdiciplinariedade, uma rigorosa revisão bibliográfica dos autores internacionais não consegue compor um quadro teórico aplicável às condições de outros países, do Brasil inclusive. O objetivo da pesquisa é  iniciar uma sistematização de dados secundários, através dos Sistemas de Informação Georreferenciadas, visando compor um quadro teórico ao qual as pesquisas empíricas possam se ancorar e equalizar os indicadores de mobilidade ativa obtidos para diversas cidades. O primeiro caso estudado é o da cidade de Belo Horizonte.

Como na pesquisa acima, esta pesquisa desenvolve alguns recursos analíticos para os problemas e possibilidades decorrentes da incorporação da Tecnologia da Informação (TI) ao projeto de espaços arquitetônicos e públicos, especialmente nas fases iniciais do processo de projeto, no Brasil. Como implantar componentes de TI para afetar positivamente várias qualidades do lugar? O quadro teórico desenvolvido começa com uma análise dos lugares públicos, para depois proceder à identificação dos conflitos espaciais que prejudicam suas qualidades. Os componentes de tecnologias digitais são então espacialmente correlacionados ao espaço, revelando assim como podem ser potencialmente aplicados como parte de um sistema que combina TI com o espaço. Uma crítica é dirigida às dificuldades de encontrar a produção de componentes produzidos no Brasil para seu uso. Ler mais.

Essa pesquisa tem como objetivo discutir os potenciais de utilização de mapas colaborativos online como instrumentos para auxílio aos processos de planejamento e requalificação dos espaços públicos, tendo em vista a utilização de dados fornecidos pelos próprios usuários desses espaços. Considera-se a utilização de aplicativos que permitem registros dinâmicos de incidentes espaciais reportados por usuários em ferramentas específicas, que permitem a concentração e visualização dessas ocorrências em forma de dados geograficamente localizados sobre um mapa. São levantadas, para isso, experiências análogas que utilizam sistemas colaborativos baseados em mapas online.  Os principais eixos temáticos abordados são os mapas web e plataformas colaborativas, design universal e requalificação de espaços públicos. Ler mais.

A presente pesquisa insere-se no contexto do desenvolvimento simultâneo e acelerado dos
processos de urbanização e desenvolvimento tecnológico. Por um lado, os conflitos
socioespaciais derivados do adensamento das cidades tem resultado na perda significativa
da qualidade de vida dos cidadãos e apresentado uma necessidade cada vez maior da
promoção de uma gestão eficiente dos recursos urbanos, especialmente em países em
desenvolvimento como o Brasil; por outro, começa-se a observar a mudança de paradigma
de um pensamento determinista segundo o qual a tecnologia de informação seria
responsável por uma revolução na sociedade com a diminuição das distâncias físicas e
crescimento de uma interatividade generalizada que culminaria na dissolução da cidade.

Nos últimos anos tem-se avançado no entendimento da TI como um agente vinculado à
produção dos espaços materiais num estado de influências mútuas e recursivas. Toma-se
como objeto dessa investigação o Campus da Universidade Federal de Minas Gerais,
situado na região da Pampulha na cidade de Belo Horizonte.

Tem-se como objetivo estudar as correlações existentes entre a análise configuracional e a
ocorrência de situações urbanas críticas registradas pelos próprios usuários do campus por
meio de uma rede social constituída através de aplicativos para equipamentos de tecnologia
móvel.

O objetivo é pesquisar processos e estratégias para diminuir os movimentos de emigração voluntários no município de Belo
Horizonte, de setores sociais mais fragilizados, utilizando como escopo teórico a análise sintática da morfologia urbana (Space syntax), os impactos
sobre a população (principalmente a saúde urbana) e a tecnologia da informação como suporte para viabilizar o tratamento e compreensão dos
dados.

Para tanto foram gerados pelo menos três pré-projetos estratégicos que objetivam a contenção dos processos emigratórios humanos resultantes da
valorização econômica ocasionada pelas melhorias urbanas previstas no OUC NovaBH (na primeira forma do plano). Estas estratégias referem-se ao estudo e fornecimento, por parte da pesquisa, de alternativas aos traçados iniciais dos projetos de desenho urbano propostos para os 10 setores da OUC, onde uma análise espacial, nos moldes da Space Syntax Theory (HILLIER, 2009) , foi feita e decodificada, analisando o estado de conectividade dos espaços públicos e das vias públicas de três recortes urbanos críticos, de forma a eliminar conflitos prováveis entre as formas
sociais pré-assentadas programaticamente em tais espaços (zoneamentos) ou utilizar a estratégia de propor o assentamento de atividades e
comunidades em coerência com o estado de integração topológica indicado nos estudos configuracionais.

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A pandemia do Covid 19 é estudada por polaridades que podem estabelecer valores escalares na modelagem da doença. Um experimento proposto para predizer o contagio em uma cidade brasileira, e o modelo utilizado tem suas hipóteses e métodos criticados. Conclui-se que o modelo é insuficiente para ser admitido como base para intervenções urbanas de contenção, e a hipótese menos refutável apresenta-se para pesquisas futuras. Conclui-se a necessidade do reforço da complexidade da modelagem da pandemia na busca de predições melhores e mais eficazes.

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Pesquisa de forma sucinta e bastante introdutória as diferentes visões de alguns dos principais filósofos da ciência do século XX relativamente à produção do conhecimento científico, à visão atual de ciência e seu processo de evolução. O século XX foi um período de intenso debate epistemológico, desencadeado inicialmente por Karl Popper, ao qual aderiram diferentes protagonistas nas décadas subsequentes sobre o caráter, a função e a natureza da ciência. Esse debate foi tão rico que deu origem, a partir das últimas décadas do século passado, a um novo campo de pesquisa em ensino de ciências, particularmente em ensino de Física, sobre as influências, a contribuição e o processo de transformação dessas visões no ensino e aprendizagem das ciências.

A Sintaxe Espacial é uma teoria e metodologia que analisa as configurações espaciais de ambientes urbanos e arquitetônicos, buscando compreender como a disposição dos espaços influencia o comportamento humano, os padrões de movimento e as interações sociais. Utiliza representações gráficas e métricas quantitativas para avaliar a acessibilidade, conectividade e hierarquia dos espaços dentro de uma rede urbana ou edificação. É aplicada em diversos estudos para analisar e modelar a relação entre a configuração espacial e fenômenos urbanos, como a saúde pública e a distribuição de serviços. Por exemplo:

  • Saúde Urbana e Espaços Obesogênicos: A teoria da Sintaxe Espacial foi utilizada juntamente com a ferramenta 'Urban Network Analysis' para calcular a centralidade por atração das edificações no Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. O estudo georreferenciou estabelecimentos relacionados ao armazenamento, venda e consumo de alimentos, empregando recursos do módulo de análise de redes do software Arcmap/ArcGIS. Essa abordagem permitiu avaliar a correlação entre ambientes alimentares e a obesogenicidade, contribuindo para pesquisas em saúde e espaço urbano.
  • Análise de Centralidades em Redes Urbanas: A Sintaxe Espacial foi empregada para calcular diferentes tipos de centralidades em modelos de redes urbanas, demonstrando seu potencial para o projeto e gestão urbana. O estudo exemplificou o cálculo de centralidades por alcance, proximidade, menor rota, atração e acesso direto, analisando um caso específico para ilustrar as formulações teóricas.

Novas Centralidades no espaço urbano trata de polos emergentes de atividades sociais, econômicas, culturais ou de serviços que surgem em áreas urbanas, descentralizando funções e dinâmicas que tradicionalmente se concentravam nos centros históricos ou áreas centrais das cidades. Essas novas centralidades refletem mudanças nos padrões de ocupação do solo, acessibilidade, infraestrutura e organização socioespacial, muitas vezes influenciadas por tecnologias, globalização e demandas contemporâneas.

Elas rompem com o modelo tradicional de centralidade única, promovendo uma distribuição espacial mais equilibrada das funções urbanas.

Oferecem um mix de usos, como comércio, lazer, moradia e serviços, tornando-se núcleos autossuficientes.

Estão frequentemente conectadas a outros polos urbanos por redes de transporte público e infraestrutura digital.

Podem adotar princípios de urbanismo sustentável, integrando espaços verdes e práticas ecológicas.

A tecnologia desempenha um papel crucial, facilitando a criação de hubs tecnológicos e espaços inteligentes.

Contribuem para a redução de desigualdades espaciais, levando desenvolvimento a áreas periféricas.

Exemplos no contexto urbano:

  • Hubs Tecnológicos: Áreas projetadas para abrigar startups, coworkings e indústrias criativas, como parques tecnológicos.
  • Corredores de Transporte: Locais que se tornam polos por causa de novas estações de metrô, BRT ou terminais multimodais.
  • Zonas de Comércio e Lazer: Centros comerciais ou culturais desenvolvidos em áreas antes subutilizadas.
  • Áreas de Requalificação Urbana: Regiões anteriormente degradadas que passam por intervenções urbanísticas e se tornam atrativas.

No contexto da Computação Ambiental, essas novas centralidades podem ser modeladas e analisadas por meio de ferramentas computacionais, que simulam dinâmicas espaciais e permitem planejar e prever impactos ambientais e sociais. Elas representam a evolução das cidades frente às demandas contemporâneas de mobilidade, sustentabilidade e inclusão.

Um modelo é uma representação simplificada e estruturada de um sistema, fenômeno ou objeto do mundo real, criada com o objetivo de compreender, analisar, prever ou simular seus comportamentos e interações. Na computação ambiental, o modelo pode ser entendido como um meio de traduzir fenômenos ambientais complexos em formatos computacionais, permitindo o planejamento e a tomada de decisões em contextos urbanos e ambientais.

Características principais de um modelo:

  1. Simplificação: Reduz a complexidade dos sistemas reais, mantendo os elementos essenciais para análise.
  2. Representação: Pode assumir formas diversas, como diagramas, equações matemáticas, algoritmos, mapas digitais ou simulações gráficas.
  3. Objetivo: Pode ser utilizado para prever impactos ambientais, otimizar recursos ou planejar soluções urbanísticas.
  4. Interatividade: Em um contexto digital, permite simulações interativas que exploram cenários "e se" para prever resultados de intervenções ambientais.

Exemplos no contexto de Computação Ambiental:

  • Modelos Climáticos: Simulações do impacto de mudanças no clima em áreas urbanas.
  • Modelos de Fluxo de Tráfego: Para prever e otimizar a circulação em ambientes urbanos.
  • Modelos de Ocupação do Solo: Análises que orientam a expansão urbana sustentável.
  • Simulação de Impactos Ambientais: Avaliações computacionais que projetam as consequências de novos empreendimentos.

Portanto, no contexto da Computação Ambiental, o conceito de "modelo" se alinha à criação de representações computacionais que traduzem problemas urbanos e ambientais em soluções práticas, informadas por dados e tecnologia.

Reconhecendo a importante correlação entre ambientes alimentares, seus constituintes, suas dinâmicas e sua relação a obesogenicidade, este artigo, que deriva da pesquisa em curso no momento, investiga as abordagens configuracionais das teorias urbanas como ferramenta de apoio à pesquisa em saúde e espaço urbano. Utilizamos a teoria da Sintaxe Espacial e da ferramenta ‘Urban Network Analysis’ para o cálculo da centralidade por atração das edificações, recorrendo-se à um estudo de caso do Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Georreferenciamos todos os estabelecimentos onde se dá o armazenamento, venda e consumo de alimentos e empregamos os recursos do módulo de análise de redes do software Arcmap/ArcGIS. Resgatamos narrativas da área estudada, contrapondo-as aos resultados quando das discussões destes. Por fim, para compor um índice gravitacional das edificações mais preciso, conjecturamos em fazê-lo com inspiração na equação de Drake, a qual pretende calcular o número N de civilizações na Via Láctea, elaborando um algoritmo a partir dos desdobramentos das partes heterogêneas e multiplicados pelas probabilidades de interação do sistema alimentar. Como resultados concluímos a eficiência do ferramental para dimensionar a abrangência do problema estudado. Ler mais.

DESTAQUES

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Arquitetura

Conceito de espaço Conceito de Lugar O Habitar Domínios da Arquitetura Topologia do lugar

O Habitar

Habitar é a essência do lugar, e compreende a totalidade das formas sociais e formas físicas engajadas como um equipamento.

Domínios da Arquitetura

Domínios ou Dimensões da Arquitetura compreendem os campos de conhecimento envolvidos para que o arquiteto crie o espaço. A dimensão simbólica tange o manejo de formas e materiais e outros valores inseridos na cultura. A dimensão funcional é a resolução espacial de forma a sustentar as atividades humanas. A dimensão tecnológica diz respeito às escolhas de materiais e tecnicas para  a construção.

 

Combinando tecnologia e pesquisa, nosso grupo oferece um suporte essencial para o desenvolvimento urbano sustentável, ajudando cidades a crescerem de forma planejada, eficiente e socialmente justa.Esses modelos não apenas representam o espaço urbano, mas também possibilitam a integração de diferentes camadas de informação, permitindo o cruzamento de dados entre setores públicos e privados.

Prefeituras, órgãos de planejamento urbano, empresas de tecnologia, construtoras e escritórios de arquitetura e urbanismo podem utilizar essas ferramentas para aprimorar seus projetos e estratégias, garantindo maior eficiência e impacto social. A modelagem auxilia na superação das contradições entre formas sociais e formas físicas, oferecendo suporte ao planejamento urbano sem a pretensão de ser um modelo determinista. O objetivo não é criar um “oráculo urbano“, mas sim fornecer subsídios para a tomada de decisão, compreendendo que, na efetivação dos planos e projetos, novas contradições surgirão e deverão ser enfrentadas com proposições dinâmicas e ajustáveis à realidade social.

A estruturação dessas soluções passa pela Tríplice Hélice da Inovação[1], um modelo teórico que propõe a colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação. Essa interação permite que o conhecimento acadêmico seja aplicado na prática, promovendo políticas públicas mais embasadas e soluções urbanísticas que atendam às demandas reais da sociedade. Permite também o desenvolvimento industrial orientado.

Para que esses modelos digitais sejam efetivamente adotados, é fundamental uma agenda política focada no bem estar social e um ambiente empresarial que compreenda o impacto dessas ferramentas sobre o público.

O planejamento urbano, quando pensado a partir de dados objetivos, deve priorizar a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento da coesão social, garantindo que grupos minoritários também sejam beneficiados. Ao integrar tecnologia, pesquisa acadêmica e políticas públicas, os modelos digitais do espaço urbano tornam-se ferramentas estratégicas para a construção de cidades mais equilibradas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro.

Referências: {1} O modelo de tripla hélice de inovação, conforme teorizado por Etzkowitz e Leydesdorff, é baseado nas interações entre os três seguintes elementos e seu ‘papel inicial’ associado: universidades engajadas na pesquisa básica, indústrias que produzem bens comerciais e governos que regulam os mercados. À medida que as interações aumentam nesse quadro, cada componente evolui para adotar algumas características da outra instituição, o que dá origem ao híbrido instituições. Existem interações bilaterais entre universidade, indústria e governo.