Avaliação pós-ocupação do Campus Experimental de Narandiba, em Salvador, Bahia, feita a partir de uma abordagem fenomenológica, onde se procurou perceber as qualidades essenciais do espaço através da identificação dos conflitos arquitetônicos.
A parte estudada diz respeito apenas ao espaço exterior (ambiente urbano) do conjunto.
Primeiramente é apresentado um resumo da metodologia de abordagem fenomenológica para avaliação do ambiente construído. Em seguida descreve-se, sucintamente, o objeto de investigação. Passa-se, então, à formulação de algumas hipóteses sobre o sítio urbano, levantadas a partir das análises dos elementos de desenho urbano disponíveis.
Em seguida as hipóteses são discutidas e analisadas.
Finalmente conclui-se que, aparentemente, não existem conflitos no espaço urbano de Narandiba (Figura 20), pois, os 23 anos de convivência solidária daquela comunidade regularam o uso coletivo do território e neutralizaram as fontes de conflito. Essa hipótese é ainda mais fortemente confirmada quando se observa que Narandiba situa-se na cidade de Salvador, Bahia, rodeada por bairros que, mesmo fazendo parte do mesmo empreendimento do qual ela é um campus experimental, desenvolveram uma urbanização subnormal (os bairros “Cabulas”) em consequência de uma ocupação regrada por princípios de desenho urbano tradicionais, conflitantes com as formas sociais tipicamente soteropolitanas.
Este trabalho integra o projeto de estudos de espaços construídos por mutirantes em Salvador, Ipatinga e Belo Horizonte.