Graduada (1986) e mestre (1992) em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutora em Geografia pela Universidade de Montréal (2002); professora Titular da UFMG, com pesquisas em Geografia Humana em geografia urbana, conflitos territoriais, produção e organização socioespacial de áreas de proteção ambiental, representações sociais e ideologias.
Pesquisas realizadas:
“A atuação do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e em Minas Gerais na construção do pensamento geográfico”;
“A influência do livro ‘Através do Brasil’ na construção do pensamento geográfico escolar”;
“Os cursos de Geografia das Universidades Federais de Minas Gerais e de Uberlândia: memória dos docentes”.
Em outubro de 2016 foi professora visitante na Universidade de Lille 1 (França), instituição com a qual desenvolveu a pesquisa Riquezas Compartilhadas, subprojeto Riquezas naturais, diversidades naturais e diversidades sociais.
Responsável pelo convênio entre a UFMG e a Universidade de Lille 1, de duplo diploma para a Pós-graduação e participação na elaboração de jogos de tabuleiro e digital no projeto Saberes do/para o Mosaico Sertão Veredas/Peruaçu: “construindo possibilidades de ensino/aprendizagem”, em parceria com o Curso de Jogos Digitais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG).
Pesquisadora no grupo de pesquisa Computação Ambiental em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal de Minas Gerais.
Em 2019 contribuiu no curso Análise do discurso e ideologia: questões de método, com a profa. Rogata Soares del Gaudio, na Universidade de Rovuma, extensão Niassa em Moçambique.
Combinando tecnologia e pesquisa, nosso grupo oferece um suporte essencial para o desenvolvimento urbano sustentável, ajudando cidades a crescerem de forma planejada, eficiente e socialmente justa.Esses modelos não apenas representam o espaço urbano, mas também possibilitam a integração de diferentes camadas de informação, permitindo o cruzamento de dados entre setores públicos e privados.
Prefeituras, órgãos de planejamento urbano, empresas de tecnologia, construtoras e escritórios de arquitetura e urbanismo podem utilizar essas ferramentas para aprimorar seus projetos e estratégias, garantindo maior eficiência e impacto social. A modelagem auxilia na superação das contradições entre formas sociais e formas físicas, oferecendo suporte ao planejamento urbano sem a pretensão de ser um modelo determinista. O objetivo não é criar um “oráculo urbano“, mas sim fornecer subsídios para a tomada de decisão, compreendendo que, na efetivação dos planos e projetos, novas contradições surgirão e deverão ser enfrentadas com proposições dinâmicas e ajustáveis à realidade social.
A estruturação dessas soluções passa pela Tríplice Hélice da Inovação[1], um modelo teórico que propõe a colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação. Essa interação permite que o conhecimento acadêmico seja aplicado na prática, promovendo políticas públicas mais embasadas e soluções urbanísticas que atendam às demandas reais da sociedade. Permite também o desenvolvimento industrial orientado.
Para que esses modelos digitais sejam efetivamente adotados, é fundamental uma agenda política focada no bem estar social e um ambiente empresarial que compreenda o impacto dessas ferramentas sobre o público.
O planejamento urbano, quando pensado a partir de dados objetivos, deve priorizar a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento da coesão social, garantindo que grupos minoritários também sejam beneficiados. Ao integrar tecnologia, pesquisa acadêmica e políticas públicas, os modelos digitais do espaço urbano tornam-se ferramentas estratégicas para a construção de cidades mais equilibradas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro.
Referências: {1} O modelo de tripla hélice de inovação, conforme teorizado por Etzkowitz e Leydesdorff, é baseado nas interações entre os três seguintes elementos e seu ‘papel inicial’ associado: universidades engajadas na pesquisa básica, indústrias que produzem bens comerciais e governos que regulam os mercados. À medida que as interações aumentam nesse quadro, cada componente evolui para adotar algumas características da outra instituição, o que dá origem ao híbrido instituições. Existem interações bilaterais entre universidade, indústria e governo.