Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), mestrado em Arquitetura pela mesma universidade (1998) e doutorado (Ph.D) em Arquitetura pela The University of Sheffield, Reino Unido (2008).
Mestrou-me também em Post-Graduation Certificate on Higher Education (PCHE) no Reino Unido, reconhecido no Brasil como Mestrado em Educação Superior.
Atualmente é professor Associado em dedicação exclusiva da UFMG.
Credenciado no Programa de Pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo da EAUFMG (NPGAU) e leciona também no Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG.
Suas áreas de interesse são a Arquitetura e o Urbanismo, com ênfase em Planejamento, Projeto do Espaço Urbano e Saúde Urbana. Igualmente dedica-se ao estudo da Computação Ambiental e suas implicações tecnológicas para a Arquitetura, o espaço urbano, e a saúde pública.
Para ele, as atividades de pesquisa constituem-se como agentes propulsores de renovação, de atualização do conhecimento e de capacitação profissional e entrelaçam-se com o Ensino e a Extensão. Assim, tais atividades contribuem para a consecução dos objetivos institucionais através da geração, armazenagem e transmissão de conhecimentos, formação de recursos humanos e de grupos de pesquisa, bem como investimentos em infraestrutura. Consolidou dois grupos de pesquisa, o PMDVW (Pesquisa em Material Didático via Web, 1998) e o grupo de pesquisa em CA_AU.
Foi bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPQ – DTII 2011 – no período de 01/03/2012 a 28/02/2015, através da proposição do projeto do NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (NIT) PARA PROJETOS EM COMPUTAÇÃO AMBIENTAL, o que auxiliou a consolidação do grupo de pesquisa em Computação Ambiental em Arquitetura e Urbanismo – CA_AU- para pesquisar, projetar e difundir sistemas para o apoio à criação, reforma e gestão do espaço urbano e arquitetônico.
Combinando tecnologia e pesquisa, nosso grupo oferece um suporte essencial para o desenvolvimento urbano sustentável, ajudando cidades a crescerem de forma planejada, eficiente e socialmente justa.Esses modelos não apenas representam o espaço urbano, mas também possibilitam a integração de diferentes camadas de informação, permitindo o cruzamento de dados entre setores públicos e privados.
Prefeituras, órgãos de planejamento urbano, empresas de tecnologia, construtoras e escritórios de arquitetura e urbanismo podem utilizar essas ferramentas para aprimorar seus projetos e estratégias, garantindo maior eficiência e impacto social. A modelagem auxilia na superação das contradições entre formas sociais e formas físicas, oferecendo suporte ao planejamento urbano sem a pretensão de ser um modelo determinista. O objetivo não é criar um “oráculo urbano“, mas sim fornecer subsídios para a tomada de decisão, compreendendo que, na efetivação dos planos e projetos, novas contradições surgirão e deverão ser enfrentadas com proposições dinâmicas e ajustáveis à realidade social.
A estruturação dessas soluções passa pela Tríplice Hélice da Inovação[1], um modelo teórico que propõe a colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação. Essa interação permite que o conhecimento acadêmico seja aplicado na prática, promovendo políticas públicas mais embasadas e soluções urbanísticas que atendam às demandas reais da sociedade. Permite também o desenvolvimento industrial orientado.
Para que esses modelos digitais sejam efetivamente adotados, é fundamental uma agenda política focada no bem estar social e um ambiente empresarial que compreenda o impacto dessas ferramentas sobre o público.
O planejamento urbano, quando pensado a partir de dados objetivos, deve priorizar a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento da coesão social, garantindo que grupos minoritários também sejam beneficiados. Ao integrar tecnologia, pesquisa acadêmica e políticas públicas, os modelos digitais do espaço urbano tornam-se ferramentas estratégicas para a construção de cidades mais equilibradas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro.
Referências: {1} O modelo de tripla hélice de inovação, conforme teorizado por Etzkowitz e Leydesdorff, é baseado nas interações entre os três seguintes elementos e seu ‘papel inicial’ associado: universidades engajadas na pesquisa básica, indústrias que produzem bens comerciais e governos que regulam os mercados. À medida que as interações aumentam nesse quadro, cada componente evolui para adotar algumas características da outra instituição, o que dá origem ao híbrido instituições. Existem interações bilaterais entre universidade, indústria e governo.