Dr.ª Waleska Teixeira Caiaffa

Pesquisadora

Waleska Teixeira Caiaffa é médica, professora titular de epidemiologia e saúde pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e líder do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia/Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH-GPE).

Pesquisadora 1B do CNPq, tem mestrado em Saúde Pública (saúde internacional e epidemiologia) pela Johns Hopkins University (JHU)- Bloomberg School of Public Health, doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-doutorado na JHU.

Foi presidente da International Society for Urban Health (ISUH) da New York Academy of Medicine, de 2011 a 2014, quando presidiu a 10a. Conferência Internacional de Saúde Urbana (ICUH), em 2011 em Belo Horizonte, Brasil (www.icuh2011.org).

Foi membro do Comitê Diretivo do Instituto Internacional de Saúde Global da Universidade das Nações Unidas (IIGH-UNU), em Kuala Lumpur, Malásia, de 2015 a 2019.

É editora associada do Journal of Urban Health e do jornal Cities and Health.

Atua principalmente nos temas: saúde urbana; determinantes sociais da saúde com foco na área urbana; avaliação de intervenções urbanas na saúde das populações (originárias ou não do setor saúde); doenças transmissíveis como dengue, COVID-19 e outras, não transmissíveis e uso de drogas no contexto urbano.

Integra o Comitê Diretivo da Rede Latino Americana e do Caribe de Saúde Urbana (Rede-LAC http://drexel.edu/dornsife/research/research-centers/UrbanHealthCollaborative/LAC/members/).

Coordena o Hub-Brasil do Projeto “Salurbal – Saúde Urbana da América Latina”, financiado pela Wellcome Trust (http://drexel.edu/dornsife/news/in-the-media/2017/January/Diez-roux-nbc-10-wellcome-trust-drexel-12-million-award/).

 

Combinando tecnologia e pesquisa, nosso grupo oferece um suporte essencial para o desenvolvimento urbano sustentável, ajudando cidades a crescerem de forma planejada, eficiente e socialmente justa.Esses modelos não apenas representam o espaço urbano, mas também possibilitam a integração de diferentes camadas de informação, permitindo o cruzamento de dados entre setores públicos e privados.

Prefeituras, órgãos de planejamento urbano, empresas de tecnologia, construtoras e escritórios de arquitetura e urbanismo podem utilizar essas ferramentas para aprimorar seus projetos e estratégias, garantindo maior eficiência e impacto social. A modelagem auxilia na superação das contradições entre formas sociais e formas físicas, oferecendo suporte ao planejamento urbano sem a pretensão de ser um modelo determinista. O objetivo não é criar um “oráculo urbano“, mas sim fornecer subsídios para a tomada de decisão, compreendendo que, na efetivação dos planos e projetos, novas contradições surgirão e deverão ser enfrentadas com proposições dinâmicas e ajustáveis à realidade social.

A estruturação dessas soluções passa pela Tríplice Hélice da Inovação[1], um modelo teórico que propõe a colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação. Essa interação permite que o conhecimento acadêmico seja aplicado na prática, promovendo políticas públicas mais embasadas e soluções urbanísticas que atendam às demandas reais da sociedade. Permite também o desenvolvimento industrial orientado.

Para que esses modelos digitais sejam efetivamente adotados, é fundamental uma agenda política focada no bem estar social e um ambiente empresarial que compreenda o impacto dessas ferramentas sobre o público.

O planejamento urbano, quando pensado a partir de dados objetivos, deve priorizar a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento da coesão social, garantindo que grupos minoritários também sejam beneficiados. Ao integrar tecnologia, pesquisa acadêmica e políticas públicas, os modelos digitais do espaço urbano tornam-se ferramentas estratégicas para a construção de cidades mais equilibradas, dinâmicas e preparadas para os desafios do futuro.

Referências: {1} O modelo de tripla hélice de inovação, conforme teorizado por Etzkowitz e Leydesdorff, é baseado nas interações entre os três seguintes elementos e seu ‘papel inicial’ associado: universidades engajadas na pesquisa básica, indústrias que produzem bens comerciais e governos que regulam os mercados. À medida que as interações aumentam nesse quadro, cada componente evolui para adotar algumas características da outra instituição, o que dá origem ao híbrido instituições. Existem interações bilaterais entre universidade, indústria e governo.